sábado, 12 de fevereiro de 2011

INC recebe avaliação máxima no programa de qualidade da UNODC

Gabriele Hampel

A área de toxicologia do Setor de Perícias de Laboratório do Instituto Nacional de Criminalística (SEPLAB/INC) da Polícia Federal participa de um programa internacional de controle de qualidade da UNODC (Office on Drugs and Crime)/ONU, por meio de exercício colaborativo (Internacional Collaborative Exercises - ICE). A cada exercício, os laboratórios participantes recebem 4 amostras de urina humana liofilizadas, com o objetivo de realizar as análises toxicológicas, identificando as possíveis substâncias proscritas e/ou controladas presentes. Os procedimentos
relacionados ao tratamento das amostras (metodologias de extração, concentração e derivatização), as análises de triagem e os exames confirmatórios empregados são descritos em formulário e, juntamente com os resultados, são enviados via online ao portal do ICE-UNODC, o qual nos emite um relatório de avaliação (disponíveis em http://www.unodc.org/unodc/en/scientists/quality-assurance-support.html).

A área de toxicologia está em incipiente estruturação; ainda não possuindo um laboratório exclusivo para análise de traços em material biológico, com espaço físico e equipamentos próprios, o que resulta em dificuldades na realização de alguns passos da marcha analítica. Apesar da ausência de condições ideais, o último exercício (2010-2-Biological Specimens), realizado e submetido em janeiro, obteve resultado máximo na avaliação qualitativa. Foram identificadas substâncias da classe dos opiáceos, das anfetaminas, dos benzodiazepínicos e metabólitos da cocaína, referente às quatro amostras de urina enviadas. Padronizou-se a metodologia de extração em fase sólida (SPE) e adotou-se a técnica de cromatografia líquida de alta eficiência acoplada à espectrometria de massas (LC-MS-TOF), como exame confirmatório. Na triagem, foi utilizada a técnica da cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC-MS). A utilização do LC-MS-TOF mostrou-se vantajosa em relação ao GC-MS, uma vez que não requer reações de derivatização (necessárias a algumas substâncias quando analisadas por GC-MS) e apresenta maior sensibilidade para muitos dos analitos pesquisados (fato importante quando se fala em concentração na faixa de partes por bilhão).

Fonte: Informativo "DITEC Notícias" da Diretoria Técnico-Científica da Polícia Federal

Um comentário:

  1. Boa tarde.

    Preciso do contato do Sr. CRDias.

    edunet_br@hotmail.com

    Grato

    Eduardo

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