
Nunca coloque a mão de um cadáver na boca é um livro divertido e sem grandes pretenções. A escrita é agradável e bem humorada, logo não é um livro técnico. A leitura vale a pena não só pelo entretenimento, mas também pelo conhecimento do que é o dia-a-dia de um perito norte-americano. Confesso que algumas das revelações do livro causam inveja a qualquer profissional da perícia criminal tupiniquim, como a disponibilidade de certos equipamentos, o pagamento de hora extra ou a simplificação de alguns procedimentos burocráticos. Outras conformam o perito nacional, pois trataram dos problemas que um CSI enfrenta em seu cotidiano, como o atendimento a locais sozinho (sem uma equipe), a falta de comprometimento de alguns policiais que preservam o local ou a obrigatoriedade em atender a "chamados idiotas [...] porque o departamento tem medo de dizer não aos contribuintes" (palavras da autora).
Como raramente conseguimos mudar o foco da prosa pericial em nosso período de lazer, recomendo a leitura. Fica aí a dica.
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