Colocar a mão de um cadáver na boca não me parece uma boa idéia em nenhuma circunstância. Sério. Não consigo pensar em uma situação sequer em que essa atitude acrescentaria algo ao meu trabalho (ou a minha sanidade mental). Pois Dana Kollmann, uma ex-CSI, conseguiu. Na busca por um bom resultado na identificação de um cadáver por meio de impressões digitais, Kollmann acaba com os dedos do de cujus na cavidade oral. O episódio deu origem ao título do livro que ela escreveu.
Nunca coloque a mão de um cadáver na boca é um livro divertido e sem grandes pretenções. A escrita é agradável e bem humorada, logo não é um livro técnico. A leitura vale a pena não só pelo entretenimento, mas também pelo conhecimento do que é o dia-a-dia de um perito norte-americano. Confesso que algumas das revelações do livro causam inveja a qualquer profissional da perícia criminal tupiniquim, como a disponibilidade de certos equipamentos, o pagamento de hora extra ou a simplificação de alguns procedimentos burocráticos. Outras conformam o perito nacional, pois trataram dos problemas que um CSI enfrenta em seu cotidiano, como o atendimento a locais sozinho (sem uma equipe), a falta de comprometimento de alguns policiais que preservam o local ou a obrigatoriedade em atender a "chamados idiotas [...] porque o departamento tem medo de dizer não aos contribuintes" (palavras da autora).
Como raramente conseguimos mudar o foco da prosa pericial em nosso período de lazer, recomendo a leitura. Fica aí a dica.
Nunca coloque a mão de um cadáver na boca é um livro divertido e sem grandes pretenções. A escrita é agradável e bem humorada, logo não é um livro técnico. A leitura vale a pena não só pelo entretenimento, mas também pelo conhecimento do que é o dia-a-dia de um perito norte-americano. Confesso que algumas das revelações do livro causam inveja a qualquer profissional da perícia criminal tupiniquim, como a disponibilidade de certos equipamentos, o pagamento de hora extra ou a simplificação de alguns procedimentos burocráticos. Outras conformam o perito nacional, pois trataram dos problemas que um CSI enfrenta em seu cotidiano, como o atendimento a locais sozinho (sem uma equipe), a falta de comprometimento de alguns policiais que preservam o local ou a obrigatoriedade em atender a "chamados idiotas [...] porque o departamento tem medo de dizer não aos contribuintes" (palavras da autora).
Como raramente conseguimos mudar o foco da prosa pericial em nosso período de lazer, recomendo a leitura. Fica aí a dica.
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